Já conversamos um pouco sobre os principais sobre a importância dos ensaios clínicos…
Sim!!! E eu estou participando de um muito interessante e que está melhorando minha qualidade de vida. Parece que termina mês que vem, quero até saber com o médico se ele vai me vender o remédio depois.
Ei, não é assim que a coisa funciona não!
Como assim Michelle, se o remédio é bom, quero comprar ele e dar continuidade ao tratamento!!!
Eu sei, mas quando termina a fase de ensaios clínicos para que o medicamento seja produzido em escala industrial ele precisa ainda ser aprovado pela ANVISA, que é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Imagine você se a produção e venda dos medicamentos não fosse supervisionada? Cada um poderia produzir o medicamento que quisesse, falando que cura a doença A ou B.
Hm… verdade, seria meio bagunçado, como teríamos a “certeza” que serviria para aquela doença mesmo? E qual a dosagem usar?
Pois eh!!! A ANVISA regulariza isso tudo! Ela vai checar: (i) as etapas da pesquisa, se os ensaios clínicos foram feitos de maneira adequada; (ii) todas as etapas da fabricação do medicamento, desde a aquisição de matéria-prima até a estocagem do produto final; (iii) se a indústria que se propõe a produzi-lo tem condições para isso.
Nossa Michelle, então a ANVISA tem um papel muito importante!!! E depois que eles aprovam eu posso pegar meu remédio no posto de saúde lá perto de casa?
Ainda, não! Para que um medicamento seja incorporado ao SUS, é necessário ainda avaliação da CONITEC. Esta comissão faz um relatório que avalia a efetividade do fármaco, comparando seu custo-benefício em relação às tecnologias já existentes.
O relatório do CONITEC é então submetido à consulta pública, e só depois é encaminhado para o Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde para ser incorporado ou não ao SUS.
Ciência RARA