Conversamos sobre a esperança que a terapia gênica traz para a cura de várias doenças genéticas. E nos últimos dias, pudemos ver a notícia de que um paciente de 64 anos com linfoma (câncer) que teve a remissão da doença após tratamento com terapia genética.
Ei Michelle, o que é remissão??
Na medicina, usamos este termo quando não há sinais da doença em tratamento, mas também ainda não pode-se garantir que ela tenha sido curada.
Ah, agora sim!!! Mas o que fizeram com essa paciente? Que técnica é esta que foi aplicada nele?
Como ele não respondia a tratamentos padrões como radioterapia e quimioterapia e estava na fase terminal do linfoma, os médicos decidiram trata-lo como uma técnica até então inovadora: Car T Cell.
Ixi Michelle… Explica isso aí!
Essa técnica já vem sendo usada nos EUA, Europa, China e Japão e é um tipo de imunoterapia, por ser realizada com células do sistema imune. Essa técnica inovadora usa células T, que possuem um tipo específico capaz de reconhecer células cancerígenas e matá-las. No nosso organismo, quando estas células não são eficientes, acabam permitindo o avanço do câncer.
Assim, essa nova técnica consiste em retirar as células T incapazes de reconhecer as células cancerígenas do paciente. Em laboratório essas células, vão ser infectadas com um vírus contendo material genético com instruções para reconhecimento das células cancerígenas.
O resultado é uma população de células T “modificadas geneticamente” e com instruções para a fabricação de proteínas de membrana (receptores) capazes de reconhecer as células cancerígenas.
Então, essas células são reintroduzidas no paciente, que passa então a reconhecer o tumor de maneira eficiente, para que ele seja destruído.
Que maravilha!!! Podemos usar este tal vírus para consertar qualquer célula agora!
Calma!!! Não é bem assim, o processo é muito complexo e deve ser usada em casos específicos. Muitos pesquisadores têm alertado para os possíveis efeitos colaterais da manipulação genética.
Ciência RARA