Conversamos sobre aconselhamento genético e sobre as possibilidades de nossos filhos virem a ter a mesma doença que nós.
Isso!! E você ficou de me explicar o que posso fazer para reduzir as chances do meu filho ter a mesma doença genética que eu, e falou numa tal de FIV, o que é isso??
Quando temos um filho de maneira natural não temos como selecionar nenhuma característica. O gameta masculino fecunda o gameta feminino, formando o embrião que originará nosso bebê.
Para que possamos selecionar o embrião que não tenha uma doença hereditária que acomete nossa família, o primeiro passo é a FIV, que significa fertilização in vitro. Os gametas masculino e feminino são coletados em laboratório e, a fertilização ocorre numa espécie de prato de vidro, daí o nome do procedimento.
Ah, que bacana!!! Então é bem fácil selecionar o embrião neh??
Calma, essa é apenas a primeira etapa da seleção…. rsrs…A FIV é utilizada também por casais com problema de infertilidade, e não só para a seleção de embriões.
Depois da fertilização, células dos embriões formados são capturadas para a análise genômica. E aqueles embriões que não carregarem o gene “defeituoso” podem ser implantados no útero materno.
Entendi!!! Que bacana! Vou correr e contar para minha esposa, agora ela vai querer ter filho: sem a doença, loiro e de olhos azuis!!!
Pera, pera!!! Disse para você que essa seleção está relacionada apenas ao embrião não ter a doença!
Eita! E eu não posso escolher outra coisa não??
Não! É permitida a seleção do embrião apenas para a exclusão de uma doença genética hereditária no futuro bebê quando já há casos na família.
Uma outra importante utilização da seleção de embriões é quando se tem um filho com uma doença grave, e que a vida dele dependa de um transplante de medula, por exemplo. Quando não há doador vivo compatível, pode-se selecionar o futuro embrião para ser compatível e salvar a vida do seu irmão.
Calma ai, Michelle, compatível?? O que é isso??
Vamos conversar sobre isso na próxima, ok?
Ciência RARA