Conversamos um pouquinho sobre compatibilidade em transplantes e você me perguntou como seria a doação de medula… lembra?
Sim! Você comentou um caso em que o embrião era selecionado para se tornar o doador de medula do irmão… O que é medula? Como ocorre essa doação?
A medula óssea é um tecido líquido que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecida popularmente por ‘tutano’. Nela são produzidos os componentes do sangue, por isso, ela é considerada a fábrica do sangue. As células sadias da medula óssea podem ser obtidas de um doador ou do sangue de cordão umbilical.
Contudo, como vimos, para que seja possível realizar o transplante é preciso que exista compatibilidade entre o doador e o receptor. Caso contrário, o transplante pode ser rejeitado.
O doador precisa procurar um hemocentro e agendar uma entrevista. Em seguida, será coletada uma amostra de sangue para reconhecer características genéticas importantes para a seleção de um doador. Sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade é verificada.
Uma vez confirmada a compatibilidade, o doador será consultado para decidir quanto à doação. Aceitando, o doador passará por um rigoroso exame clínico para confirmar o seu bom estado de saúde.
Mas… Somente pessoas vivas podem doar órgãos?
Não, a doação de órgãos/tecidos pode ocorrer também após a constatação de morte encefálica ou uma parada cardíaca. Nesse caso, os familiares devem autorizar a doação. Um único doador é capaz de beneficiar vários pacientes através da doação de córneas, coração, fígado, pulmão e outros tecidos.
Mas e se meu familiar não tiver morto de verdade e quiserem o órgão para o mercado negro?
São feitos vários exames para a confirmação precisa da morte. Só se cogita a doação depois de registrada a morte, e que não há mais nada a ser feito por aquela pessoa.
Mas se eu autorizo, vão recortar meu familiar todo!!!
Calma, não é assim, a retirada do órgão é realizada por procedimento cirúrgico, sendo o corpo reconstituído, podendo ser velado normalmente.
Doe órgãos, Doe Vida!!!
Ciência RARA